Doenças custam à economia global US$ 1 trilhão anualmente
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou ontem (28) que cerca de 15% dos trabalhadores adultos no mundo apresentam algum tipo de transtorno mental. A entidade, junto à Organização Internacional do Trabalho (OIT), cobra ações concretas para abordar questões relacionadas à saúde mental e o mercado de trabalho.
A estimativa de ambas as organizações é que diagnósticos de depressão e ansiedade custam à economia global algo em torno de US$ 1 trilhão anualmente.
“Diretrizes globais da OMS sobre saúde mental no trabalho recomendam ações para enfrentar riscos como cargas de trabalho pesadas, comportamentos negativos e outros fatores que geram estresse no trabalho”, destacou a agência especializada em saúde.
Pela primeira vez, a OMS recomenda, por exemplo, treinamento gerencial para que se desenvolva a capacidade de prevenir ambientes de trabalho estressantes, além de habilitar gestores para responder a casos de trabalhadores com dificuldades no âmbito da saúde mental.
“O bullying e a violência psicológica [também conhecida como mobbing] são as principais queixas de assédio em local de trabalho com impacto negativo na saúde mental. Entretanto, discutir ou dar visibilidade à saúde mental permanece um tabu em ambientes de trabalho de todo o mundo”, alerta a instituição.
OMS: doenças não transmissíveis causam 17 milhões de mortes prematuras
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou ainda que as doenças não transmissíveis são responsáveis por 17 milhões de mortes prematuras todos os anos. O grupo inclui doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas. A entidade cobrou de líderes mundiais ações urgentes de combate ao que se refere como a principal causa de morte no mundo.
Dados da OMS mostram que as doenças não transmissíveis respondem por quase três quartos das mortes registradas no planeta. Todos os anos, 17 milhões de pessoas com menos de 70 anos morrem em decorrência desse tipo de enfermidade, sendo que 86% delas vivem em países de baixa e média renda.
“A pandemia de covid agravou ainda mais o fardo das doenças não transmissíveis, ao atrasar e interromper o cuidado à saúde. Nos primeiros meses da pandemia, 75% dos países reportaram ter interrompido serviços essenciais de combate às doenças não transmissíveis por conta das restrições de lockdown [confinamento].”
A OMS lembrou que, embora todos os países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) tenham se comprometido a reduzir as mortes prematuras por doenças não transmissíveis em um terço até 2030, poucos se encontram atualmente no caminho certo par alcançar a meta.
“Esforços globais urgentes são necessários para voltar aos trilhos, alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e reduzir as mortes prematuras por doenças não transmissíveis”, finalizou a OMS. Redação: Paula Laboissière – Agência Brasil - Brasília
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