Projeto Malha Fina automatiza anĂ¡lises de contas feitas pela CGU

 


            Segundo ministro, processo agiliza revisões de uso de verbas pĂºblicas

O ministro da Controladoria-Geral da UniĂ£o (CGU), Wagner RosĂ¡rio, falou hoje (22) em entrevista ao programa A Voz do Brasil que o Projeto Malha Fina - um conjunto de sistemas desenvolvidos para automatizar a anĂ¡lise de prestações de contas feitas para a administraĂ§Ă£o pĂºblica - economizarĂ¡ cerca de R$ 780 milhões em recursos humanos do governo.

“Desenvolvemos um sistema onde as anĂ¡lises de prestações de contas sĂ£o feitas automaticamente. Recebemos 35 mil prestações de contas ao ano, mas a capacidade de anĂ¡lise Ă© de quatro mil. Neste ano, fizemos 21 anos de serviço de administraĂ§Ă£o pĂºblica em uma Ăºnica rodada”, informou RosĂ¡rio.

De acordo com o ministro da CGU, a ferramenta serĂ¡ responsĂ¡vel por avaliar a regularidade de processos entregues por gestores ao governo. Apenas processos de grandes valores serĂ£o revisados manualmente. A medida reduz a necessidade de grandes equipes de analistas e acelera a aprovaĂ§Ă£o de contas.

“Todo ano que formos rodar essas prestações, vamos gerar novas economias, jĂ¡ que conseguiremos fazer atravĂ©s de modelo automatizado, testado com modelo preditivo. Vamos fazer com que os servidores se dediquem em fazer trabalhos manuais apenas em processos de alto valor”, explicou.

RosĂ¡rio citou tambĂ©m a antiga morosidade na anĂ¡lise de contas de servidores que muitas vezes jĂ¡ nĂ£o ocupavam mais cargos pĂºblicos e que, anos apĂ³s o afastamento, eram chamados para justificar gastos em processos da CGU. “Ajudamos o servidor, o agente, o administrador pĂºblico a sair do cargo e estar com a consciĂªncia mais tranquila porque as prestações de contas jĂ¡ foram realizadas de forma cĂ©lere”, informou.

O ministro adiantou que Ă³rgĂ£os de outros setores, como cultura, tambĂ©m serĂ£o beneficiados pelo novo sistema, que ajudarĂ¡ a analisar financiamentos pĂºblicos que nĂ£o eram avaliados por Ă³rgĂ£os fiscalizadores. “Vamos dar uma aprimorada nas prestações de contas que vem da cultura”, complementou.

Plano anticorrupĂ§Ă£o

O governo federal passou a seguir rĂ­gidas recomendações de anĂ¡lise de corrupĂ§Ă£o dentro da estrutura da administraĂ§Ă£o pĂºblica, informou RosĂ¡rio. Segundo o ministro, o Brasil estĂ¡ integrado Ă s metas da OrganizaĂ§Ă£o das Nações Unidas (ONU), OrganizaĂ§Ă£o dos Estados Americanos (OEA) e da OrganizaĂ§Ă£o para a CooperaĂ§Ă£o e Desenvolvimento EconĂ´mico (OCDE).

De acordo com o ministro, das 153 ações necessĂ¡rias, 60 jĂ¡ foram entregues - o que equivale a 39% do plano anticorrupĂ§Ă£o. Outras 61 ações devem ser concluĂ­das atĂ© o final de 2022. 

“Isso faz com que a gente trabalhe de forma nĂ£o reativa, e sim de forma prĂ©via: tentando prever os problemas, identificando as fragilidades do governo e fazendo com que a gente tenha um plano muito bem estruturado, transparente para a sociedade, sabendo tudo que faremos contra a corrupĂ§Ă£o atĂ© 2025.” AgĂªncia Brasil* - BrasĂ­lia

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