O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando
Segovia, viaja nesta terça-feira (30) aos Estados Unidos, onde discutirá medidas
colaborativas contra crimes transnacionais, como o tráfico de drogas, o tráfico
de armas e a pornografia infantil. O dirigente também vai trocar informações
sobre iniciativas para conter a disseminação de notícias falsas, as chamadas
fake news.
Segovia espera aprofundar a troca de
informações sobre as notícias falsas durante o processo eleitoral deste ano,
para estabelecer uma metodologia de combate mais efetiva. Para isso, serão
compartilhadas experiências da última eleição presidencial norte-americana.
Em Washington, Segovia se reunirá com
representantes do FBI (a Polícia Federal norte-americana), do Serviço de
Segurança Diplomática do Departamento de Estado e do Departamento de Segurança
Interna e Proteção Aduaneira e Fronteiras e Imigração e Alfândega do governo
dos Estados Unidos.
A
viagem do diretor da PF busca fortalecer o compartilhamento de tecnologias,
programas de treinamento, capacitação de policiais e a abertura de novas
adidâncias (representação no exterior) temáticas policiais nos EUA. Em nota
divulgada nesta terça-feira (30), a Embaixada dos Estados Unidos ressaltou a
importância do trabalho rotineiro de colaboração das autoridades federais e
estaduais com nove agências norte-americanas.
“A
visita do diretor-geral Segovia a Washington demonstra a força do nosso
relacionamento na medida em que trabalhamos juntos para combater a ameaça de
crime transnacional que afeta a todos”, afirma o comunicado.
Também
em nota, a PF afirmou que a atuação integrada com as agências norte-americanas
pode ser ainda maior.
“Nossa
intenção é aprofundar a troca de informações com as agências norte-americanas,
verificando onde a relação entre a PF e as autoridades das forças de segurança
norte-americanas pode ser expandida e aperfeiçoada. Uma estratégia eficaz e
ágil de combate a organizações criminosas transnacionais exige a implementação
de novas estratégias e canais diretos de cooperação internacional entre as
polícias de todo o mundo”, afirma Segóvia.
Segundo
dados divulgados pela PF, as parcerias com as agências norte-americanas têm
apresentado resultados expressivos. A
colaboração com a Agência Antidrogas Americana (DEA) levou ao recorde na
apreensão de drogas no Brasil em 2017.
Foram apreendidas 353 toneladas de
maconha e mais de 47 toneladas de cocaína, além de um expressivo aumento de 26%
na apreensão de cocaína em aeroportos em relação a 2016. No
combate à pornografia infantil, a cooperação resultou em 245 operações em 2017,
com um total de 110 presos. (Agência Brasil)
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