Um
conflito na Cadeia Pública de Itapajé, no norte do Ceará, provocou a morte de
10 presos na manhã desta segunda-feira (29). Segundo a Secretaria da Justiça do
estado (Sejus), os assassinatos ocorreram durante uma briga entre grupos
rivais.
A
secretaria informou ainda que o controle da cadeia foi restabelecido após
intervenção de policiais e agentes penitenciários. O município de Itapagé fica
a 130 quilômetros
da capital, Fortaleza.
O
crime ocorre apenas dois dias depois da maior chacina do Ceará, em que homens
armados invadiram uma festa na periferia de Fortaleza no último sábado (27) e
mataram 14 pessoas.
Continuam
internadas em hospitais da cidade cinco pessoas feridas durante o tiroteio em
uma casa de shows no bairro Cajazeiras, em Fortaleza, ocorrido no último sábado
(27). Um homem e três mulheres, sendo duas adolescentes, passaram por cirurgia
e estão no Instituto Dr. José Frota (IJF) O quinto ferido está no Hospital
Distrital Edmilson Barros, unidade de atenção secundária. Ele passou por cirurgia
e seu estado de saúde é estável.
O
Ministério da Justiça vai auxiliar as forças de segurança do Ceará nas
investigações. Uma força-tarefa formada por membros da Secretaria Nacional de
Segurança Pública, das polícias Federal e Rodoviária Federal e do Departamento
Penitenciário Nacional darão suporte à Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS).
Em
coletiva de imprensa realizada domingo (28), o governador do Ceará, Camilo
Santana, cobrou do governo federal ações efetivas de combate ao crime
organizado. “Estamos pagando um preço muito caro hoje por falta de uma política
nacional [de combate ao crime organizado].
Na
nota divulgada pelo Ministério da Justiça, o ministro Torquato Jardim “reafirma
que a União seguirá cumprindo o papel de oferecer apoio técnico e financeiro
aos estados, como vem fazendo regularmente, para que os órgãos de segurança
pública trabalhem de forma integrada e harmoniosa, ainda que os governantes não
solicitem apoio por razões eminentemente políticas.”
Das
cinco pessoas suspeitas de participar da ação, a Polícia Militar aponta que
três seriam os mandantes da chacina. As forças de segurança não confirmam se a
ação criminosa teve a participação de facções. (EBC)
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