Numa dessas travessias do nosso Rio Tocantins,
uma sena me chamou a atenção: Abordo na balsa vindo a Imperatriz, um casal
desce do veículo com um menino de aproximadamente 2 ou 3 anos, a cerca de 10 ou
20 metros da margem do rio surgiu uma viatura da polícia militar e o homem que
estava com a criança se junta a outro e dá a ordem: Atira na polícia, atira na
viatura da polícia e fez o gesto com as mão, na terceira ordem a criança fez o
tão desejado gesto em direção da viatura, a partir de então os dois, com ar de
orgulho contaram aos comparsas: viram, viram o moleque de papai atirando na
polícia! Alguém já viu num debate e/ou mesmo numa entrevista, algum pai de
família assumir que ensinara o filho tal delito? Um (a) especialista apontar a
família como coparticipe na formação violenta de uma pessoa? Mas, aponta como
causa primeira da violência, a falta de políticas públicas, os filmes e/ou os
jogos (games), sempre terceirizam as responsabilidades. Pergunto-lhe: O que vem
na cabeça dessa e de tantas outras crianças, cujas lições se assemelharam,
quando encontram uma viatura da polícia? Ou há quem acredite que as crianças
não guardam tais lições? “...casa de pai escola de filho..” não é regra geral,
mas, nessa exceção é que mora o perigo.
0 Comentários