Acordando pela vida.


Em cumprimento do dever, a câmara municipal recebeu, mesmo que pós-sessão, pessoas que moram em área de risco, e cujas casas estão prestes a serem demolidas, segundo recomendação do Ministério público, embasadas no relatório e parecer técnico feito pela defesa civil de Imperatriz – MA. Foi mais de duas horas de debate, sob a coordenação do vereador professor Marcos Aurélio, (deputado eleito) que de forma justa inverteu as ordens tradicionais dessas pautas, primando pela fala dos reclamantes como ponto de partida para o debate.  Depois de ouvir o líder dos (as) moradores (as), que questionou modo que se pretendia operacionalizar, sustentando a tese de que não seria justo que após tantos anos de trabalho e investimentos, agora saírem de suas casas e irem pagar para residir noutra. A partir daí as autoridades discorreram sobre os porquês das decisões, apontando como preocupação primeira o velar pela vida, sob pena de serem responsabilizados em caso de eventual e/ou anunciada tragédia.  Quanto à evocação da lei, abrir ia-se condições para infrações, visto que, diante de um possível investimento que culminasse na revitalização dos riachos e/ou das margens do rio, nas regiões habitadas, inevitavelmente todas as casas atingidas pelos impactos, seriam demolidas e, mesmo após a conclusão das obras, permaneceria incabível edificações de moradias a menos de 30 metros das margens em questão.  Agora, uma coisa é certa;  toda essa dor de hoje tivera sua causa na negligencia ontem,  que em face da estiagem e das ganâncias  inclusive as escondidas nas necessidades, construíram e constroem em áreas impróprias, seja apostando na impunidade, seja na inoperância dos órgãos fiscalizadores.  Desse debate, saíram fortalecidas: a democracia, o papel parlamentar, a disposição das autoridades: defesa civil, meio ambiente, promotoria de justiça e defensoria pública e, a confiança daqueles (as) que ali defendiam suas moradias, que ouviram das SEDES, o compromisso de uma solução paliante, até que chegue a definitiva e, sem riscos a nenhuma das partes contidas no processo.

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