Quem está livre?

                                           Cliente adentrando ao comércio,  "passa e fecha"
O tema segurança pública, apesar de não ter inovações continua promovendo debates sejam: entre especialistas e/ou autoridades, porém, respostas mesmo... Está difícil. De um lado a fragilidade proposital das leis,  do outro a displicência seletiva dos operadores do direito, tudo isso aliado à indistinção entre o que torna uma pessoa humana e, o que a mantem na sua animalidade ou seria irracionalidade? O resultado não poderia ser diferente: a inversão de valores e posições, o descompaço entre quem está livre e/ou preso? Fiz essa foto de um celular, num comercio na nova imperatriz,  havia encostado lá para fazer uma recarga de celular e, quando vi a comerciante enjaulado exclamei: nossa você é quem está preso! Ele apenas me olhou e disse: pode entrar é só puxar para esquerda, de dentro ao virar chega mais uma freguesa. Agora essa realidade não está só num dos bairros, mas, praticamente em todos os que compõem a “periferia”, nas regiões metropolitanas, ao invés de grades, segurança particular. E sabe o que mais nos preocupa? É que nenhum dos candidatos ao cargo de executivo apontou para a educação, como instrumento de enfrentamento à violência. Refiro-me à implementação de creches de 0 a 4 anos e escolas de tempo integral, onde há chances de uma educação mais completa, levando a pessoa a ir além do aprender para o trabalho, a sobrevivência competitiva, se propondo a ser cidadã(o) para a vida em comum unidade. Sabe o que disseram quando indagados sobre o que fazer para combater a crescente violência? Aumentar o efetivo de policiais, e ampliar as vagas nas prisões, o que agrava ainda mais nossa condição de aprisionamento urbano; sim porque esse amontoado de pessoas nas celas ou seria selas? Tem um custo não benefício incalculável, crescente e irrecuperável, além da desumanização em função da mistura de periculosidade causa da prisão. Enquanto não houver um pensar coletivo, uma iniciativa comum unitária, um voto consciente, continuaremos mendigando paz e promovendo a guerra, querendo ser livres, porém aprisionando-nos uns aos outros.


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