Foi uma luta
árdua, um agir constante, para se fazerem vistos e ouvidos, mas, foram
percebidos e até recebidos. Nas ruas gritaram, clamaram, nos gabinetes? Até que
em fim foram recebidos, uma conversa ou discussão? Mas, ainda não foi dessa
vez. Voltaram às ruas, foram à Câmara Municipal e esta? Esta os ouviu e, mesmo
não tendo as respostas, criaram as condições para encontra-las, se propuseram a
ouvir professores e governo via audiências pública, cada parte se pronunciou
pontuando os porquês e/ou para que, tanto da luta (greve) quanto da negativa
até que. Espere! Permita-me lembrar de que, quando no início, o governo dizia,
via assessoria de imprensa: Ainda estamos fazendo um levantamento, para saber
quantas escolas estão desassistidas; noutro momento , é só meia dúzia e... Pois
é, fica a lição: onde ha fumaça há fogo, logo, quando o presidente de uma
instituição, levantar o braço, este, não o faz por si só, mas, respaldado na
força de companheiros e companheiras que o elegeram para tal. Na fase de
justificativas, o STEEI ( Sindicato dos Professores da rede municipal),
sustentou está amparado na lei, quanto às reivindicações: reposição das perdas
salariais entre outras; No outro lado da mesa, a prefeitura, apontou para o
teto da folha, ancorado também em lei, afirmou ter chegado ao máximo, fato que
justificaria os 0%, rechaçado. A luta continuou e após cerca de 120 dias de
manifesto surge uma luz, abre-se um caminho, mesmo sob a intervenção do
judiciário e a pressão social, resolveram repensar e repensando encontraram a
resposta. Não importa o quantitativo, mas, a certeza de que a luta fora justa
e, como tal, o desfecho foi válido. Daqui para frente é se organizarem e
tentarem dentro das limitações, minimizarem os estragos causados na educação de
nossa gente; repor todo o conteúdo não será fácil, isso por que se fixar no
ontem, as matérias de hoje podem comprometer as de amanhã.
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